OLHARES QUE ASSISTEM

Na correria da vida e dos dias atuais,

Parar e olhar as lágrimas secas de alguém,

Distante do seu próprio umbigo, vai além…

Esquecendo, por um instante, os seus ais.

A sutileza de perceber a tristeza alheia,

E transformar em "rocha", essa fina "areia",

Faz bem e edifica!

Às vezes, só um terno olhar, já basta!

Pois, a solidão, mesmo que moral, devasta.

E o teu olhar, simples e amoroso, fortalece!

Quantas criaturas, por aí…, à vagar!

À "Velejar" nessas "águas" turvas,

Esperançosos de serem percebidos por um olhar!

E acabam invisíveis diante da nossa pressa.

E aquele que para,

Que olha,

Que assiste,

Que enxerga e conquista;

Tem aura reluzente.

Ênio Azevedo