SAUDADE
Saudade, saudade
de lembranças que eu não tive,
mas que em meu peito vivem
como fossem de verdade.
Faço o quê, pergunto eu.
Não tenho nem um Romeu
pra preencher o vazio,
que enchem-me as noites de frio,
tão escuras quanto o breu.
Ao Senhor peço socorro,
pois senão, senão eu morro
desta saudade que fica,
em meu peito pontifica,
sem que nunca dela eu me livre.