AMIGO SOL
O sol entrou de mansinho
pela janela entreaberta,
se meteu entre as cobertas
e acariciou o meu corpo.
Tocou-me a face macia,
os seios redondos e cheios,
escorregou com ternura,
me inundou de ventura...
me amou sem ter receios.
Fica aqui, sol, meu amigo,
quero deitar-me contigo
aconchegado ao meu peito,
sentir teu doce pulsar
e, então,num longo grito,
que se faz um tanto aflito,
hei de alto proclamar
quão suave é esse enleio.