Reticências...
Fulgindo de uma estrela radiante...
vi minha imagem emergir num vulcão de tédio...
o tédio que envolvia o interior do meu universo...
coloquei minha cabeça sob a fresta torturante do vulcão...
deixei-me pertencer...
o vazio e a revolta tomavam lugares sem restrições...
então...
tive medo de beber a liberdade que não tive...
agarrei-me a última esperança como fórmula mágica de conquistar a paz...
me perdi...me encontrei...
me encontrei...me perdi...
e nesse desencontro de ideias, ideais e ego...
tive fome, sede e gana de justiça...
mas...
dedos em riste insistiam na tortura...
"não" aos sentidos inflamados de desejo...
desmoronando castelos e fantasias...
enfim...era o fim.
Renasço, revivo e me deito ao lado do vulcão agora , de revolta e medo...
Quero viver...
deixe-me viver - viver ideal...
SER comum , sem construção de ideias negativas...
essas minha cabeça costuma fabricar de graça a todo instante...
sem retrocesso...
Ai que triste!
Sinto que cresci!
Eu... 1973