PROSSIGO
Abro os braços,
me equilibro,
pra melhor sentir o fio
desta navalha afiada
onde caminho sem ver
quão profundo é o abismo.
Cega sou
em meio à turba
que, alvoroçada, se agita,
que chora, que clama, que grita
sem saber qual o por quê.
Solto um brado alto e forte,
espanto os fantasmas, os miasmas.
Parto em busca do meu Norte.