Vejo além dessa porta fria e estática
A dor física e o silêncio a acordá-la
Os corredores esperam as passadas
Quem desce os degraus da vida pela escada.
Vejo além dessa estreita porta estática
Uma vida empoeirada igual ao móveis
Essas esquecidas pela dor da alma
O corpo e a alma resvalam e se perdem.
Vejo além dessa porta brilhosa e móvel
Uma fortaleza que por trás das paredes
Vive num espaço solitário entre pedras,
Plantas, filmes, sabores, coragens e medos;
Entre vestes coloridos e um riso tímido.