BEIRA SEM CORRIMÃO
BEIRA SEM CORRIMÃO
Passo as noites a meditar,
Como será sofrer de solidão,
Pois o fraco não vai aguentar,
Ficar na beira sem corrimão.
Tudo na vida exige uma escora,
Que eu só acho em um coração,
Porque bengala não é espora,
Nem serve de sela no garanhão.
Mas cada vaqueiro tem sua história,
Para contar como um conselheiro,
Pois há espinhos e tem caipora,
Mesmo ao Sol do mês de janeiro.
E quando a noite me faz suspirar,
Eu me lembro até de um beijo,
É quando vejo que o lobo guará,
Uiva pra amar, no luar sertanejo.
Mas a noite quer me mostrar,
Até mesmo quando não escuto,
Então guardo as pegadas que há,
Se posso aguardar o meu vulto.
Porque a noite é mesa de bar,
Sendo a caverna do eu maluco,
Como um divã ou o sóbrio luar,
São os que guardam meu luto.
BEIRA SEM CORRIMÃO
Passo as noites a meditar,
Como será sofrer de solidão,
Pois o fraco não vai aguentar,
Ficar na beira sem corrimão.
Tudo na vida exige uma escora,
Que eu só acho em um coração,
Porque bengala não é espora,
Nem serve de sela no garanhão.
Mas cada vaqueiro tem sua história,
Para contar como um conselheiro,
Pois há espinhos e tem caipora,
Mesmo ao Sol do mês de janeiro.
E quando a noite me faz suspirar,
Eu me lembro até de um beijo,
É quando vejo que o lobo guará,
Uiva pra amar, no luar sertanejo.
Mas a noite quer me mostrar,
Até mesmo quando não escuto,
Então guardo as pegadas que há,
Se posso aguardar o meu vulto.
Porque a noite é mesa de bar,
Sendo a caverna do eu maluco,
Como um divã ou o sóbrio luar,
São os que guardam meu luto.