SÓ MAIS UM SÉCULO
SÓ MAIS UM SÉCULO
Foi só mais um século,
Mas tinha a esperança,
Deixando os impérios,
Mais belos sem lança.
Mas chega o Halley,
Com toda heresia,
E acolhem os bailes,
Que a guerra nutria.
Mas não foi só primeira,
Pois vem a pandemia,
Bolsa tem quebradeira,
Quando o Eixo crescia.
E o Brasil foi vela tardia,
Em cada mudança precisa,
Com café ou leite na pia,
E os reis comendo a pizza.
Então vem a outra guerra,
E o mundo quase acabou,
Porque o Brasil só se presta,
Pra quem foi sempre doutor.
E a nossa elite sequestra,
Desde Cabral, pelo menos,
Pois nunca dá ou empresta,
E troça do que nem temos.
O povo que veio da Europa,
Até hoje não nos percebeu,
Mesmo num globo que roda,
Pois o que é dele foi meu.
Por isso há dragão de komodo,
Ou até os desertos em África,
Pois tem água em Terra do Fogo,
Como há gelo lá na Antarctica.
E tudo isso instiga meu nojo,
Numa cáfila ou fila de gado,
Até quando há lodo e esgoto,
A dizer da dor que eu trago.
Na estrada sem placas e setas,
Me digam se ainda há perdão,
Porque eu vejo a faca na testa
Ou corpos deitados no chão.
Somente verão as manhãs,
Aqueles que aceitam a luz,
Deixando em paz as maçãs,
E a noite que tanto seduz.
SÓ MAIS UM SÉCULO
Foi só mais um século,
Mas tinha a esperança,
Deixando os impérios,
Mais belos sem lança.
Mas chega o Halley,
Com toda heresia,
E acolhem os bailes,
Que a guerra nutria.
Mas não foi só primeira,
Pois vem a pandemia,
Bolsa tem quebradeira,
Quando o Eixo crescia.
E o Brasil foi vela tardia,
Em cada mudança precisa,
Com café ou leite na pia,
E os reis comendo a pizza.
Então vem a outra guerra,
E o mundo quase acabou,
Porque o Brasil só se presta,
Pra quem foi sempre doutor.
E a nossa elite sequestra,
Desde Cabral, pelo menos,
Pois nunca dá ou empresta,
E troça do que nem temos.
O povo que veio da Europa,
Até hoje não nos percebeu,
Mesmo num globo que roda,
Pois o que é dele foi meu.
Por isso há dragão de komodo,
Ou até os desertos em África,
Pois tem água em Terra do Fogo,
Como há gelo lá na Antarctica.
E tudo isso instiga meu nojo,
Numa cáfila ou fila de gado,
Até quando há lodo e esgoto,
A dizer da dor que eu trago.
Na estrada sem placas e setas,
Me digam se ainda há perdão,
Porque eu vejo a faca na testa
Ou corpos deitados no chão.
Somente verão as manhãs,
Aqueles que aceitam a luz,
Deixando em paz as maçãs,
E a noite que tanto seduz.