BANALIDADE

Seguimos presos ao jogo do mundo,

ao trabalho, a hora do almoço,

e a conversa fiada no elevador.

Tudo sempre de novo,

de segunda a sexta.

Amanhã será outro dia morno,

sem nenhuma beleza.

Apenas contas para pagar

e coisas para recramar.

A existência acontecerá novamente sem brilho,

respostas ou soluções.

Isso pede uma dose de conhaque,

ou um sábado no parque,

enquanto a vida segue

contra a existência enterrada na natureza,

em qualquer lugar onde não haja um só vestígio do humano.