DADALIBERDADE

“Dadá é a nossa intensidade: ergue as baionetas sem consequência a cabeça samatral do bebê alemão; Dadá é a vida sem pantufas e paralelas, que é por e contra a unidade e decididamente contra o futuro; sabemos de ciência certa que o nosso cérebro vai transformar-se em almofada confortável, que o nosso antidogmatismo é tão exclusivo como o funcionário, que não somos livres e gritamos liberdade; estrita necessidade sem disciplina e moral e cuspimos na humanidade.”

(trecho do “Manifesto do Senhor Antipirina”, de Tristan Tzara)

A liberdade é um ato de destruição/criação,

de bagunça universal e infância.

Ela é tempestade

desastre,

Festa contra todas as ordens,

normas, regras e representações.

A liberdade é o que muitos evitam

apodrecendo enterrados em rebanhos,

Pois não sabem sobreviver ou prosperar

sem o voluntário julgo da podridão de qualquer relação de poder e dominação.

A liberdade é uma saúde DADA,

insubmisa,

uma festa dionisíaca

apolínia ,

para dias quentes de primavera,

onde tudo é indeterminado processo,

devir e consciência grávida de fecunda indecência contra toda escravidão.