QUEM SÃO MEUS FANTASMAS
QUEM SÃO MEUS FANTASMAS
A natureza é fagulha do verde que há,
E até fogo fátuo é algo que presta,
Quando a alma farfalha no altar,
Das noites de orvalho em festa.
Quem eu seria no tempo que fala,
Se as velas são sopros ao vento?
Será que há o consenso que cala
As almas d'um corpo sangrento?
Estive nas águas magentas,
Que um dia correram no Nilo,
Porque são verdades atentas,
Ou só um mistério perdido.
Viver com manchas de sangue,
Que espelham o medo da dor,
Remontam loucuras do transe,
Que fluem nas mãos do arpoador.
Dez gritos daquelas baleias,
Revestidos de fundo de mar,
Demonstram a dor das sereias,
Sentido o que não vai durar.
Então me cravejo em vapor,
Nas gotas que largo no espelho,
Porque a agulha é sem dor,
No abraço que dá o chamego.
E todo mistério que enfrento,
Me traz as questões de um sonho,
Que fala as perguntas ao vento,
E conflitam o que proponho.
E nesse escuro ou vertigem,
Escuto quem são meus fantasmas,
E pergunto aos tiros que atingem,
Qual sorte de quem me metralha.
QUEM SÃO MEUS FANTASMAS
A natureza é fagulha do verde que há,
E até fogo fátuo é algo que presta,
Quando a alma farfalha no altar,
Das noites de orvalho em festa.
Quem eu seria no tempo que fala,
Se as velas são sopros ao vento?
Será que há o consenso que cala
As almas d'um corpo sangrento?
Estive nas águas magentas,
Que um dia correram no Nilo,
Porque são verdades atentas,
Ou só um mistério perdido.
Viver com manchas de sangue,
Que espelham o medo da dor,
Remontam loucuras do transe,
Que fluem nas mãos do arpoador.
Dez gritos daquelas baleias,
Revestidos de fundo de mar,
Demonstram a dor das sereias,
Sentido o que não vai durar.
Então me cravejo em vapor,
Nas gotas que largo no espelho,
Porque a agulha é sem dor,
No abraço que dá o chamego.
E todo mistério que enfrento,
Me traz as questões de um sonho,
Que fala as perguntas ao vento,
E conflitam o que proponho.
E nesse escuro ou vertigem,
Escuto quem são meus fantasmas,
E pergunto aos tiros que atingem,
Qual sorte de quem me metralha.