VEM!

Nestes lençóis de linho,
eu acomodo meu corpo,
que te aguarda ansioso
querendo sentir teu carinho,
querendo te amar sem pecado,
sem futuro, sem passado,
apenas vivendo o momento,
este presente, o agora,
que passa depressa, vai embora,
ninguém mais o recupera.
Acaso não vês que o tempo
se gasta em tardia agonia,
que somente é saciada
quando tu me acaricias?
Vem, então, eu te espero.
Amar-te sem tempo, sem hora,
é tudo o que mais desejo,
é tudo o que mais eu quero.