ESPERA

Nesta estranha vigília
em que busco companhia,
passo horas acordada,
junto à janela sentada,
aguardando-te a chegada,
pesquisando a estrada,
ansiosa, assustada ...
Nada vejo, que agonia!

Por que tanto te demoras?
Não vê, se faz tarde a hora,
já o galo canta o dia.
Vivo, assim, angustiada,
não tenho certeza de nada...
Sonhos vagos, só quimera
que esvoaça, apressada,
enquanto fico à espera.