VIVER NUMA ESTRELA
VIVER NUMA ESTRELA
Eu me imagino qual bola de fogo,
Exalando gás e luxúrias também,
Vivendo os contrastes do ouro,
Com Salomé no tempo de Belém.
Até vou sonhando ser casca de ovo,
Guardando a gema na clara do bem,
Mesmo se espalho todo meu entojo,
No bojo de quem é puro desdém.
E assim, tão confuso, engano-me logo,
E dou até logo ao bem que almejo,
Mudando de lado, esqueço e imploro,
Sem ter a noção de um último beijo.
Serei Presidente ou só deputado,
Mas sem alicerce que valha o tesouro,
Serei conivente ao sangue furtado,
Com a ilusão de um mata-mouros.
Somente me sobra a realidade,
De quem nada faz em prol do planeta,
Pois sujo as praias e as diversidades,
Enquanto o veneno é minha caneta.
Assim, fica explícita a minha estrela,
Ao morar no além e não nessa Terra,
Pois lá os machos se acham porreta,
Em um teorema que louva a guerra.
E é desse jeito o sonho do ogro,
Que vive num mundo sem igual,
E nesse Brasil é o puro malogro,
Levando ao fogo o bom e o mau.
E é assim que acordamos,
Pensando em como seria,
Viver na estrela por engano,
Ou ser vivente de sua histeria.
VIVER NUMA ESTRELA
Eu me imagino qual bola de fogo,
Exalando gás e luxúrias também,
Vivendo os contrastes do ouro,
Com Salomé no tempo de Belém.
Até vou sonhando ser casca de ovo,
Guardando a gema na clara do bem,
Mesmo se espalho todo meu entojo,
No bojo de quem é puro desdém.
E assim, tão confuso, engano-me logo,
E dou até logo ao bem que almejo,
Mudando de lado, esqueço e imploro,
Sem ter a noção de um último beijo.
Serei Presidente ou só deputado,
Mas sem alicerce que valha o tesouro,
Serei conivente ao sangue furtado,
Com a ilusão de um mata-mouros.
Somente me sobra a realidade,
De quem nada faz em prol do planeta,
Pois sujo as praias e as diversidades,
Enquanto o veneno é minha caneta.
Assim, fica explícita a minha estrela,
Ao morar no além e não nessa Terra,
Pois lá os machos se acham porreta,
Em um teorema que louva a guerra.
E é desse jeito o sonho do ogro,
Que vive num mundo sem igual,
E nesse Brasil é o puro malogro,
Levando ao fogo o bom e o mau.
E é assim que acordamos,
Pensando em como seria,
Viver na estrela por engano,
Ou ser vivente de sua histeria.