MEU NARCISO PROCURA
MEU NARCISO PROCURA
Procurando me entender,
Ou me tornando Narciso,
No espelho fui me deter,
À procura do que preciso.
E foi na precisão que revi,
Tudo escrito na alma-livro,
Mesmo quando nem entendi,
Qual destino está no inciso.
E os artigos da minha lei,
Eu nem sei se foram escritos,
Porque antes eu nunca pensei,
Nas regras em que acredito.
Me bastava a força que vem,
Da bondosa mãe natureza,
Pois eu sei que lhe convém,
Dar poder sem ver beleza.
Mas até nesse meio e fim,
Tempestades sempre enfrento,
Quando pisam no meu jardim,
Ou me julgo em meu tormento.
Pois a besta da humanidade,
Não sucumbe ao bem querer,
E destila toda insanidade,
No gozo de nos ver sofrer.
Então vou só pelas verdades,
E enfrento os cães que houver,
Seja agora ou por justa saudade,
Do alcaide que logo vier.
E assim peço ao leigo paciência,
Para não morrer se não quer,
E seguir com a justa clemência,
Pois viver é o melhor mister.
MEU NARCISO PROCURA
Procurando me entender,
Ou me tornando Narciso,
No espelho fui me deter,
À procura do que preciso.
E foi na precisão que revi,
Tudo escrito na alma-livro,
Mesmo quando nem entendi,
Qual destino está no inciso.
E os artigos da minha lei,
Eu nem sei se foram escritos,
Porque antes eu nunca pensei,
Nas regras em que acredito.
Me bastava a força que vem,
Da bondosa mãe natureza,
Pois eu sei que lhe convém,
Dar poder sem ver beleza.
Mas até nesse meio e fim,
Tempestades sempre enfrento,
Quando pisam no meu jardim,
Ou me julgo em meu tormento.
Pois a besta da humanidade,
Não sucumbe ao bem querer,
E destila toda insanidade,
No gozo de nos ver sofrer.
Então vou só pelas verdades,
E enfrento os cães que houver,
Seja agora ou por justa saudade,
Do alcaide que logo vier.
E assim peço ao leigo paciência,
Para não morrer se não quer,
E seguir com a justa clemência,
Pois viver é o melhor mister.