RUA DE PEDRA
[Balaio de flores, madeiro, nicho, cetim, poesia e sádica inspiração]
Miro com os olhos aquele fado azul-céu
Para depois minha estreita rua apreciar;
Nessa hora doce as nuvens saúdam-se ao léo,
Arrancando pétalas macias da rosa tumular.
Uma casinha aqui, puxa outra casinha acolá,
Meninas-irmãs de uma longuíssima vida inteira
Presas e soltas na ciranda-canção do ‘eu vou lá’,
Definindo em risos alguma mística brincadeira.
Quisera eu, a pequenina/tosca rua abraçar,
Guardando nesta o mais forte sentimento meu,
Antes mesmo da nina estrela-luz por ti despontar
Brilhando teimosa na leve alvura do sonho teu☆.
Do morro, avisto sempre o róseo ‘caminho-endereço’,
Tão nobre como nobre é o lugar donde escolheste está,
Pois digo para mim mesmo que sem saber lhe conheço
Oh rua alegre, fulgurante e posta em alto respaldar♡!
Thiago Valeriano Braga