RUA DE PEDRA

[Balaio de flores, madeiro, nicho, cetim, poesia e sádica inspiração]

Miro com os olhos aquele fado azul-céu

Para depois minha estreita rua apreciar;

Nessa hora doce as nuvens saúdam-se ao léo,

Arrancando pétalas macias da rosa tumular.

Uma casinha aqui, puxa outra casinha acolá,

Meninas-irmãs de uma longuíssima vida inteira

Presas e soltas na ciranda-canção do ‘eu vou lá’,

Definindo em risos alguma mística brincadeira.

Quisera eu, a pequenina/tosca rua abraçar,

Guardando nesta o mais forte sentimento meu,

Antes mesmo da nina estrela-luz por ti despontar

Brilhando teimosa na leve alvura do sonho teu☆.

Do morro, avisto sempre o róseo ‘caminho-endereço’,

Tão nobre como nobre é o lugar donde escolheste está,

Pois digo para mim mesmo que sem saber lhe conheço

Oh rua alegre, fulgurante e posta em alto respaldar♡!

Thiago Valeriano Braga

Thi Braga
Enviado por Thi Braga em 04/08/2021
Reeditado em 04/08/2021
Código do texto: T7313507
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