A visão do desiludido
Na manhã das revoluções, das ruas artificiais,
Sem provar nada, te vejo como um deus,
A verdade oculta de uma rua deslumbrante e,
Observada pelo cubo brilhante, refletindo o mundo nunca visto,
A prova de que você estava vivo como eu no último dia,
Peque, rasque e queime depois de rezar,
Curvando-se em uma estrada sinuosa,
Seque suas lágrimas e cerre os dentes e mastigue o mundo em suas cicatrizes,
A cor que escorre da minha mente e o mundo vazio de inúmeras mãos,
Sobrevivendo na visão do paraíso inacabado,
A árvore morta desperta mais um olho,
Vendo a sombra me encarar, respiro com um corpo tortuoso,
Antes que eu seja engolido, divida o mundo por zero,
Zumbindo músicas roucas e barulhentas,
No meio do nada há um bote de resgate parado,
Lá o significado e a razão não estão,
Aplaudindo em direção ao nada, alguém me disse por trás,
Da cena flutuante de esperanças sombrias “Abandone o mundo caído”,
Reze para que sejamos reais, sorria e mostre para mim