A visão do desiludido

Na manhã das revoluções, das ruas artificiais,

Sem provar nada, te vejo como um deus,

A verdade oculta de uma rua deslumbrante e,

Observada pelo cubo brilhante, refletindo o mundo nunca visto,

A prova de que você estava vivo como eu no último dia,

Peque, rasque e queime depois de rezar,

Curvando-se em uma estrada sinuosa,

Seque suas lágrimas e cerre os dentes e mastigue o mundo em suas cicatrizes,

A cor que escorre da minha mente e o mundo vazio de inúmeras mãos,

Sobrevivendo na visão do paraíso inacabado,

A árvore morta desperta mais um olho,

Vendo a sombra me encarar, respiro com um corpo tortuoso,

Antes que eu seja engolido, divida o mundo por zero,

Zumbindo músicas roucas e barulhentas,

No meio do nada há um bote de resgate parado,

Lá o significado e a razão não estão,

Aplaudindo em direção ao nada, alguém me disse por trás,

Da cena flutuante de esperanças sombrias “Abandone o mundo caído”,

Reze para que sejamos reais, sorria e mostre para mim

Yuri Cabral
Enviado por Yuri Cabral em 27/07/2021
Reeditado em 27/01/2023
Código do texto: T7308708
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