O CORPO, O EU E O OUTRO
Entre o meu corpo
e o corpo do outro
reinvento narciso
contra o amor próprio.
Pois o corpo é sempre mais intenso,
mas concreto,
do que o eu
que nunca cabe no rosto.
Entre o meu e o teu corpo
há sempre a sombra de um outro.
Entre o meu corpo
e o corpo do outro
reinvento narciso
contra o amor próprio.
Pois o corpo é sempre mais intenso,
mas concreto,
do que o eu
que nunca cabe no rosto.
Entre o meu e o teu corpo
há sempre a sombra de um outro.