SER CORUJA VENDO O HOJE
SER CORUJA VENDO O HOJE
Tem dias em que acordo tão triste,
pois tenho de olhar além do meu tempo.
E assim, vou de dedo em riste,
Para apontar o que não é contento.
Não é fácil ser uma coruja,
No sentido lato do ser social,
Pois um tolo com tudo se suja,
Se não entende, mas fala mal.
O avanço das mídias criou papagaios,
Que apenas replicam a merda no ar,
E o ranço de ódio é como os raios,
Velozes, mortais e não deixa sonhar.
Só pensam no prato de ontem à noite,
Pois nunca serão provedores do lar,
São oportunistas e gostam de açoite,
Na idolatria que só faz matar.
Meu lado coruja conhece a noite,
Por isso eu sei o valor do luar,
E mesmo de dia preparo o pernoite,
Senão a alegria não vai imperar.
Eu vejo o passado mas penso no hoje,
Pois sei que o futuro eu devo aguardar,
Mesmo que seja nos dias que fogem,
Do meu existir que só quer perdurar.
Então eu reparo que o mundo capota,
Nas curvas esguias a nos devorar,
Porquê a ganância é chute com bota,
Usando da farda pra nos enganar.
São tempos difíceis, mas são novos ventos,
Porquê já não sei quem é dono do mar,
Pois hoje sabemos que vão com os tempos,
Ganância, luxúria, pescoço e o colar.
SER CORUJA VENDO O HOJE
Tem dias em que acordo tão triste,
pois tenho de olhar além do meu tempo.
E assim, vou de dedo em riste,
Para apontar o que não é contento.
Não é fácil ser uma coruja,
No sentido lato do ser social,
Pois um tolo com tudo se suja,
Se não entende, mas fala mal.
O avanço das mídias criou papagaios,
Que apenas replicam a merda no ar,
E o ranço de ódio é como os raios,
Velozes, mortais e não deixa sonhar.
Só pensam no prato de ontem à noite,
Pois nunca serão provedores do lar,
São oportunistas e gostam de açoite,
Na idolatria que só faz matar.
Meu lado coruja conhece a noite,
Por isso eu sei o valor do luar,
E mesmo de dia preparo o pernoite,
Senão a alegria não vai imperar.
Eu vejo o passado mas penso no hoje,
Pois sei que o futuro eu devo aguardar,
Mesmo que seja nos dias que fogem,
Do meu existir que só quer perdurar.
Então eu reparo que o mundo capota,
Nas curvas esguias a nos devorar,
Porquê a ganância é chute com bota,
Usando da farda pra nos enganar.
São tempos difíceis, mas são novos ventos,
Porquê já não sei quem é dono do mar,
Pois hoje sabemos que vão com os tempos,
Ganância, luxúria, pescoço e o colar.