Panoramas
Panoramas
Aves eu vi, migrando sozinhas
Vi flores reclusas em total solidão
Matizes pintando o poente a tardinha
onde insetos cantavam uma triste canção.
E a luz que se deita na relva a noitinha
que dorme nos flancos, além da visão.
Diáfano crepúsculo, candeia na linha
De um horizonte de flores ao chão.
Na luz tão fugaz que deita mansinha
Cifrando os vermelhos no céu do sertão.
Francisco Cavalcante