QUAL É TUA VERDADE?

Tem hora que és bem doce,
doce de leite, ah, se fosse,
nunca ia dispensar.
Me dizes tantas tolices,
maluquices, disse me disse,
que até nem acredito,
mas tu falas tão bonito...
De repente mudas tudo,
a boca que era um veludo,
diz coisas de arrepiar.
Porém mais que de repente,
viras um ser diferente,
nada fala, só se cala,
não tece castelos no ar.

Várias personalidades,
onde está tua verdade?
Se pergunto, não respondes,
talvez sob o trilho dos bondes,
que passavam na carreira
durante a semana inteira.

Vai em busca de ajuda,
tens uma bagagem tão bela,
que até me ponho à janela,
fazendo preces à lua,
a fada madrinha que é tua.