Escrevo sob a luz da vela
Escrevo sob a luz da vela
bruxuleante e ela desenha
fantasmas no ar; é a senha
arrepiante e fecho a janela
para que o vento não sopre
e me deixe na escuridão,
as sombras causam solidão
e a escrita no escuro sofre.
A chama da vela arde
agonizante quase no final;
parece indicar um sinal:
alguma alma nessa hora parte.
Lá fora a tempestade
responde com assovios
e eu sinto arrepios,
estranha sensação invade
o ambiente sombrio
e a visão se me turva,
minha coluna se curva
de temor e de frio.
Enfim a luz se apaga.
Estou preso no castelo
e um pacto de morte selo.
(É minha mente que divaga).
©Bispoeta