DO QUE PULULA ... DO QUE PALPITA ...
Hoje
choro os meus mortos
Não !
Não deveria
ter sido assim
Não vejo mais
aqueles sorrisos bobos
pelas ruas da cidade
Vejo
carrancas tristes
Vejo
falarem palavras de ofensas
de xingamentos
Palavras que descomunicam
existências
Vejo
gestos obscenos/ violentos
que não fazem ternuras
que não admitem poemas
Que fim levou
o sonho dos homens/mulheres
que fazem a boa luta
O sonho do tempo
do amor completo ???
A peste grassa
mas
não vingará
O fascismo grassa
mas
não vingará
Haverá ( em breve)
o tempo
em que limparemos da história
toda essa desordem / toda essa maldade
Mesmo que os algozes
lado a lado
com a morte e suas unhas geladas
a espreita
Haveremos de implantar nos corações
dos homens/mulheres
a palavra que ensina ... / Esperançar !!!!!!
o amor que ensina ...
A vida
precisa caminhar de peito aberto
sem temor
junto com o sol
nas ruas, nas avenidas, nos jardins ...
espalhando claridades
risos
que afugentam a morte
Ah !!!
Nunca duvidem da vida
que pulula ... que palpita ...
No coração de nós
outros ...