DO QUE PULULA ... DO QUE PALPITA ...

Hoje

choro os meus mortos

Não !

Não deveria

ter sido assim

Não vejo mais

aqueles sorrisos bobos

pelas ruas da cidade

Vejo

carrancas tristes

Vejo

falarem palavras de ofensas

de xingamentos

Palavras que descomunicam

existências

Vejo

gestos obscenos/ violentos

que não fazem ternuras

que não admitem poemas

Que fim levou

o sonho dos homens/mulheres

que fazem a boa luta

O sonho do tempo

do amor completo ???

A peste grassa

mas

não vingará

O fascismo grassa

mas

não vingará

Haverá ( em breve)

o tempo

em que limparemos da história

toda essa desordem / toda essa maldade

Mesmo que os algozes

lado a lado

com a morte e suas unhas geladas

a espreita

Haveremos de implantar nos corações

dos homens/mulheres

a palavra que ensina ... / Esperançar !!!!!!

o amor que ensina ...

A vida

precisa caminhar de peito aberto

sem temor

junto com o sol

nas ruas, nas avenidas, nos jardins ...

espalhando claridades

risos

que afugentam a morte

Ah !!!

Nunca duvidem da vida

que pulula ... que palpita ...

No coração de nós

outros ...

dito
Enviado por dito em 14/05/2021
Reeditado em 29/12/2021
Código do texto: T7255745
Classificação de conteúdo: seguro
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