Sobre Schubert, Morcegos e Poesia...

 
Schubert se espalha suavemente por meu quarto na voz da soprano.
Além das batidas no teclado, é o único som na madrugada fria.
Nenhum outro dos comuns ruídos ousa se pronunciar.
Silêncio é o tom maior.
 
Contemplo a paz das ruas... me surpreendo com o voo dos morcegos.
Nunca os tinha notado. Será que sempre estiveram por aqui?
Passeiam por entre as árvores da calçada, aproveitando a quietude.
 
Covarde, me afasto da janela e fecho as cortinas.
Não saberia como agir caso entrassem por ela.
 
Volto para a beleza de Schubert e da voz da soprano.
Faltam algumas horas para o dia chegar.
 
Que essa paz na alma permanecesse, é a poesia que queria sonhar...








Imagem: Google

 
Marise Castro
Enviado por Marise Castro em 10/05/2021
Código do texto: T7252116
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