COMO SEREMOS NO TEMPO
COMO SEREMOS NO TEMPO
Como seria um mundo enxuto,
Com menos gente e mais equilíbrio?
Como estaria o clima e o luto,
Com menos lixo e outro colírio?
Ainda teríamos os dentes de sabre,
Ou certas aves e até o mamute?
Ou não haveria o Marquês de Sade,
E nenhum gene que tanto mute?
Tudo seria na regra do tempo,
Sem atropelo de cada etapa,
E não teríamos tanto veneno,
Nem pandemia que nos mata.
Nós poderíamos ter vizinhos,
E a alegria de se conviver,
E ainda haveriam aves e ninhos,
Com a cantoria no alvorecer.
O mundo seria muito melhor,
E as abelhas nos dariam o mel,
Ao contrário de sermos tão só,
Nem sabermos qual nosso papel.
Pois não somos a água ou carbono,
Nem ao mesmo seremos enzimas,
Mas queremos ter caminho longo,
Mesmo quando não há oficinas.
Só viver sem louvar tudo isso,
Não nos torna o bom desse lar,
Pois a Terra não tem compromisso,
Com aqueles que não vão ficar.
Mas ficar requer ser perpétuo,
Mesmo que tudo sempre evolua,
Até quando permita o arquiteto,
Nosso prédio flertar com a lua.
COMO SEREMOS NO TEMPO
Como seria um mundo enxuto,
Com menos gente e mais equilíbrio?
Como estaria o clima e o luto,
Com menos lixo e outro colírio?
Ainda teríamos os dentes de sabre,
Ou certas aves e até o mamute?
Ou não haveria o Marquês de Sade,
E nenhum gene que tanto mute?
Tudo seria na regra do tempo,
Sem atropelo de cada etapa,
E não teríamos tanto veneno,
Nem pandemia que nos mata.
Nós poderíamos ter vizinhos,
E a alegria de se conviver,
E ainda haveriam aves e ninhos,
Com a cantoria no alvorecer.
O mundo seria muito melhor,
E as abelhas nos dariam o mel,
Ao contrário de sermos tão só,
Nem sabermos qual nosso papel.
Pois não somos a água ou carbono,
Nem ao mesmo seremos enzimas,
Mas queremos ter caminho longo,
Mesmo quando não há oficinas.
Só viver sem louvar tudo isso,
Não nos torna o bom desse lar,
Pois a Terra não tem compromisso,
Com aqueles que não vão ficar.
Mas ficar requer ser perpétuo,
Mesmo que tudo sempre evolua,
Até quando permita o arquiteto,
Nosso prédio flertar com a lua.