ADEUS COMPANHEIRO

Chegou a tua hora companheiro...

Ninguém quis saber de ti

e tu morreste com saudade no coração...

Que importa isso?

Eras apenas um cão!

As pessoas definem-se

pela maneira como lidam com os animais.

A sensibilidade está implicita nessa ação.

A data da tua morte

ficará para sempre na minha recordação,

exatamente o mesmo dia

que morreu o teu amo.

Coincidência?

Mero acaso?

Ou já estava assim programado

nos anais do desconhecido?

Sabes Kiko,

a minha mente ainda está baralhada,

ainda não me situei bem no acontecido,

vê lá que volta e meia,

chamo Kika á Mia!

Sem que eu consiga evitar,

os meus olhos ficam rasos de água.

Lembro-me tanto de ti companheiro

e tu nem eras meu

mas era como se fosses!

Fui eu que te fiz o funeral...

Munida dum sacho, abri a tua sepultura.

Adeus amigo,

fazes-me falta sabias?

Acostumei-me a ti,

agora é menos um cãozinho

meigo e inteligente

a fazer-me companhia.

Adeus companheiro!

©Maria Dulce Leitao Reis

Copyright 21/04/21

Maria Dulce Leitão Reis
Enviado por Maria Dulce Leitão Reis em 23/04/2021
Código do texto: T7239739
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