Primavera.
Primavera.
Por todo o lado surgem mantos de cores,
Viajando na brisa, aromas inebriantes percorrem o ar,
Insetos de mil formas pousam de pétala em pétala,
Riachos cristalinos irrigam os campos.
Pela janela do meu carro olho a paisagem.
Mantos amarelos e roxos cobrem o caminho.
Lençóis de alva brancura cobrem o solo.
Nas copas das árvores ecoa o trinado dos pássaros,
Por todo o lado uma sinfonia de sons e cores invade os sentidos.
Ébria de beleza deixo a minha alma sonhar.
Sonho com campos intocados e recantos nunca alcançados,
Mundos só meus longe de mãos cruéis que os profanem.
Mundo onde colher e matar é proibido,
Onde me deito para cheirar cada flor,
Onde cerro os olhos para sentir o toque da brisa,
Escutar o trinado dos pássaros e o esvoaçar silencioso dos insetos.
No meu mundo os insetos não picam,
A terra não suja e as flores nunca murcham.
As fontes nunca secam e a poluição é sonho ruim.
Deixo o sonho e deixo-me envolver pela realidade.
Doce e encantadora realidade que ecoa, bem alto,
Chegou a PRIMAVERA.