LAMENTO NO OCASO
LAMENTO NO OCASO
O vento nas folhas caídas ao chão,
Somente demonstra a vida vadia,
No tempo que evoca a minha paixão,
E aguarda a onça nadar na baía.
E tu, que está definhando a dormir,
Porque fica aí aguardando o vento?
Porque não faz teu ouro reluzir,
Em vez de viver somente de lamento.
Até quando aguento te ver sucumbir,
Diante das pestes humanas de hoje,
Enquanto o agreste aguarda o porvir,
Num vácuo de água que jorra à noite.
Estando o mundo divaga no limbo,
Estrelas condensam espaços com luz,
E tu vive igual a papel sem carimbo,
Nas mesas que lesam o tronco que fui.
Então ainda vivo na mente daninha,
De quem sobrevive no lodo do orgulho,
Mas fico no aguardo do fim que caminha,
De junto ao fogo do lixo em monturo.
E foi nesse vale que o choro surgiu,
Mesmo que pensasse ser de alegria,
Mas qual o recado que a dor proferiu,
Estou a provar tão somente agonia.
E assim vão de réquiem em cada caixão,
Num tempo obscuro por ter pandemias,
Enquanto um cão dilacera a união,
Propondo a desgraça por todos os dias.
Dormente de insultos o povo sucumbe,
Por causa de ricos que morrem também,
Que não se percebem não ser vagalume,
E não serem as ilhas que lhes convém.
Talvez somente no ocaso o mundo acorde,
E vá conviver como em cumplicidade,
Depondo os tiranos enquanto se pode,
E assim poderemos viver de verdade.
LAMENTO NO OCASO
O vento nas folhas caídas ao chão,
Somente demonstra a vida vadia,
No tempo que evoca a minha paixão,
E aguarda a onça nadar na baía.
E tu, que está definhando a dormir,
Porque fica aí aguardando o vento?
Porque não faz teu ouro reluzir,
Em vez de viver somente de lamento.
Até quando aguento te ver sucumbir,
Diante das pestes humanas de hoje,
Enquanto o agreste aguarda o porvir,
Num vácuo de água que jorra à noite.
Estando o mundo divaga no limbo,
Estrelas condensam espaços com luz,
E tu vive igual a papel sem carimbo,
Nas mesas que lesam o tronco que fui.
Então ainda vivo na mente daninha,
De quem sobrevive no lodo do orgulho,
Mas fico no aguardo do fim que caminha,
De junto ao fogo do lixo em monturo.
E foi nesse vale que o choro surgiu,
Mesmo que pensasse ser de alegria,
Mas qual o recado que a dor proferiu,
Estou a provar tão somente agonia.
E assim vão de réquiem em cada caixão,
Num tempo obscuro por ter pandemias,
Enquanto um cão dilacera a união,
Propondo a desgraça por todos os dias.
Dormente de insultos o povo sucumbe,
Por causa de ricos que morrem também,
Que não se percebem não ser vagalume,
E não serem as ilhas que lhes convém.
Talvez somente no ocaso o mundo acorde,
E vá conviver como em cumplicidade,
Depondo os tiranos enquanto se pode,
E assim poderemos viver de verdade.