AMORA MORENA
(Sócrates Di Lima)
Como a noite em alinho,
O amor brota e aflora,
em ternura e carinho,
Como a fruta no galho, a amora.
Sua duçura e seu encanto,
Seu sabor exótico,
O ano todo em todo canto,
seu paladar é mais do que erótico.
Seu sabor exótico,
O ano todo em todo canto,
seu paladar é mais do que erótico.
Como um olhar de carinho,
como o negrume de uma noite sem luar,
Belos olhos, faróis do meu caminho,
como o negrume de uma noite sem luar,
Belos olhos, faróis do meu caminho,
Minha poesia de um sublime recitar.
Encanta teu sorriso de marfim,
Mesmo que abrindo e cerrando teu falar,
Recôndito era o amor antes de mim,
Talvez inevitavelmente belo,
Hoje é porta do meu castelo,
Muito mais do que eu poderia amar.
Mesmo que abrindo e cerrando teu falar,
Recôndito era o amor antes de mim,
Talvez inevitavelmente belo,
Hoje é porta do meu castelo,
Muito mais do que eu poderia amar.
Minha amora...
Frutinha que brota nos galhos de mim,
Verdes, vernelhas, negras como a noite lá fora,
Onde o vazio não mais me toma conta, assim.
E eu olho por dentro dos meus versos,
Na intimidade do meu sonhar,
Os segredos e medos do universo,
Sei que depois de ti, não tem mais o que me castigar.
Na intimidade do meu sonhar,
Os segredos e medos do universo,
Sei que depois de ti, não tem mais o que me castigar.
Ah! Menina que tanto me preenche de gostar,
Completa o que em nós tudo vale a pena...
E assim, em nossos galhos há de amorar,
De tantas cutis, agora, bela amora morena.
Completa o que em nós tudo vale a pena...
E assim, em nossos galhos há de amorar,
De tantas cutis, agora, bela amora morena.