ROJÃO E COMETA

ROJÃO E COMETA

Foi num São João de folguedos,
Que pude dançar com fogueira,
Mas o oculto do boi me deu medo,
Então fui me secar na lareira.

Pois chovia frio e em cântaros,
Como um rio encharcado de mar,
Mas o vento escondia os recantos,
E um rojão me turvava o olhar.

Era um fogo além do artifício,
Pois queimava com boa intenção,
Mesmo quando aquele ofício,
Festeja bem mais que ilusão.

Foi assim que surfei num cometa,
E o clarão me lembrou o rojão,
Como o estouro de mil baionetas,
Em louvor dos santos de então.

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