ALENTOS!
Estados colapsados
São retratos fidedignos e tétricos,
De momentos pandêmicos
Criados por mãos de descompromissados.
Que deitados em “berços” esplêndidos,
Se escondem “detrás” de seus bureaus
E regalam-se no sangue e no vinho
De humildes e bem intencionados
Que vivem e sobrevivem do Trabalho.
Inoculados de encargos,
Não mais tem de víveres, o direito,
De ter à sua mesa a fartura do instante farto,
Dum trabalho conquistado, com lágrimas e suor.
Que caminham, a passos largos,
Sem o alento do porto seguro,
Cabisbaixos, só lhes restam o cânhamo,
Como o alento para o seu espírito há muito cansados!
Mas os seus olhos inda fitam “o horizonte”
Mesmo nos estertores dessas dores,
Muitos ainda esperançosos,
Querem vislumbrar, Da Luz, A Face.