ALENTOS!

Estados colapsados

São retratos fidedignos e tétricos,

De momentos pandêmicos

Criados por mãos de descompromissados.

Que deitados em “berços” esplêndidos,

Se escondem “detrás” de seus bureaus

E regalam-se no sangue e no vinho

De humildes e bem intencionados

Que vivem e sobrevivem do Trabalho.

Inoculados de encargos,

Não mais tem de víveres, o direito,

De ter à sua mesa a fartura do instante farto,

Dum trabalho conquistado, com lágrimas e suor.

Que caminham, a passos largos,

Sem o alento do porto seguro,

Cabisbaixos, só lhes restam o cânhamo,

Como o alento para o seu espírito há muito cansados!

Mas os seus olhos inda fitam “o horizonte”

Mesmo nos estertores dessas dores,

Muitos ainda esperançosos,

Querem vislumbrar, Da Luz, A Face.

Claudio Dortas
Enviado por Claudio Dortas em 24/03/2021
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