FLERTAR COM FLASHES

FLERTAR COM FLASHES

A dor de um poeta é ter que dizer,
Em todo lugar por onde ele andar,
Aquilo que alguns não vão entender,
Mas deve ser dito até se sangrar.

A tinta secreta está a escorrer,
Nas veias de quem é o sonhar,
Para flertar em cada renascer,
Como a lenha que volta a florar.

A todo poeta só cabe dizer,
O que ninguém sabe onde está,
Pois tudo é oculto de ver,
Se as traves estão no olhar.

E toda comédia vai ser,
A inspiração pra sorrir,
Pra cada tragédia morrer,
Na trilha que faz refletir.

Estes são os flashes do poeta,
Pela angústia que só amargura,
Como a tinta é guia e a seta,
De quem pinta em cada textura.