SÃO PINGOS DE CHUVA DE VERÃO
Amo-te
Ai como te amo!
Amo-te na imensidão do meu sentir
Amo-te na imensidão do meu querer...
Nos dias intermináveis do meu desassossego
Nos dias breves da minha feliz inquietação...
Amo-te nos pingos de chuva
Que purificam o ser
E redimem o coração
Amo-te no suave gemer do vento
Nas rajadas acutilantes
Nos relâmpagos
E no vociferar dos trovões!
Amo-te quando ao pequeno almoço
Me ofereces beijos e flores...
Amo-te nas noites cálidas
Á luz esverdeada dos pirilampos...
Amo-te quando dizes
Quero fazer amor contigo anda
Eu olho para ti com um olhar malandro
E o brilho que vejo nos teus olhos
Valeu o meu dia!
Amo-te nas cores quentes do arco-íris
No sol que aquece e acaricia
Nas ondas mansas e bravias do mar!
Amo-te quando me perguntas
"Porque choras querida?
Não vês que me partes o coração?"
E eu respondo:
Não são lágrimas, amor
São pingos de chuva de verão!
©Maria Dulce Leitao Reis