VOO LIVRE E SOLTA
Fluidifico-me e volatilizo-me
Na imensidão do ar
Observo-me no abstrato
E me rendo á mais ínfima
Condição do ser material
Um átomo!
Deixo de me ver
A imagem torna-se irreal
E sonho-me para além do que sou!
Voo livre e solta
Das amarras que me prendiam
Das bocas que me engoliam
Dos olhares que me matavam
Ah como eu sou livre agora...
Dos pensamentos que me enredavam
Livre da matéria que me subjugava
Das forças que me aterrorizavam
Dos pés que não descolavam do chão
Das mãos segurando o coração!
Ah meu irmão, agora sou como o vento...
Um cisco dançando no firmamento
Impossível de ver ou agarrar!
Agora sim eu sei o que é amar
Amar, é AMAR
Simples assim!
©Maria Dulce Leitao Reis
11/03/15