PAZ E AMOR
Na volúpia e voracidade dos meus dias
E dos pensamentos melómanos e soltos
Ai como eu tanto queria
Que te envolvesses nos meus sonhos
Que no cerne te fundisses comigo
E em sonhos te beijei
E em sonhos fiz amor contigo
E cada poro da tua pele perscrutei
Absorvi o cheiro emanado do teu corpo
Ondulando ao vento como seara de trigo
Sem sombra de arrependimento.
Amar-te, foi bendição
Que me induziram á paridura
Enfrentei mares de conspiração
Quimeras colhidas numa grande aventura
Á terra do acreditar lancei a semente
E o tempo a seu tempo
Me trouxe a ti de presente.
Deixei- me envolver pelos teus abraços
As palavras doces
Já me houveram aprisionado
E a tua boca com sabor a mel
Viajava em mim
Como um fogoso carrocel
E o carrocel dava voltas e mais voltas
Galopava e abrandava
Subia e descia
Ao som estridente da música
E quando a corrida parou
Fascinada olhei para ti
Era hora de embarcar na montanha russa
Aqui a excitação foi maior
Á medida que o movimento acelarava
O coração do peito quase pulava
E os gritos e os gemidos
Não se faziam rogados
Mas tu estavas ali comigo
E eu contigo do meu lado
Não havia medo, eu confiava.
Quando a volta terminou...
No meio da alegria, sem réstea de dor
Estavamos zonzos, cansados
Felizes, molhados
Embriagados de muita paz e amor!
©Maria Dulce Leitao Reis
Copyright 23/02/15