FEITIÇO
Minhas arestas são tantas
que, a mim, até me espanta,
pois não sei de onde vêm.
Eu sempre fui recatada,
nunca, nunca fui roubada
por ninguém, entendam bem.
Se entreguei foi porque quis,
porém sou ainda aprendiz,
não quero perder o viço
da minh'alma tão menina.
Cumpro alegre a minha sina,
presa estou ao seu feitiço.
Minhas arestas são tantas
que, a mim, até me espanta,
pois não sei de onde vêm.
Eu sempre fui recatada,
nunca, nunca fui roubada
por ninguém, entendam bem.
Se entreguei foi porque quis,
porém sou ainda aprendiz,
não quero perder o viço
da minh'alma tão menina.
Cumpro alegre a minha sina,
presa estou ao seu feitiço.
Para o Soneto "Aparando Arestas" de
Mario Roberto Gujimarães
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/7131185
Paulo Miranda
Nunca nunca fui roubada
vens sempre co´essa ladainha
mas bastou-me u´a escorregada
pra roubares a alma minha...
Mario Roberto Gujimarães
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/7131185
Paulo Miranda
Nunca nunca fui roubada
vens sempre co´essa ladainha
mas bastou-me u´a escorregada
pra roubares a alma minha...