ESPELHO
ESPELHO
Não sei se deva em ti acreditar,
Espelho. Num dia pareço
Um, noutro nem te quero olhar
Porque em ti não me reconheço.
Porque usas de falsidade?
O teu brilho enganador,
Para que serve na verdade?
Para aumentar a minha dor?
És assim com toda a gente?
Ou só comigo? Queres ver-me infeliz?
Custa-te fazer alguém contente?
Vá, muda… muda a tua matriz.
Queria em ti minha alma ver
E dela ter a certeza do que vejo
Queria por uma única vez ter esse prazer
E pagar-te com um abraço ou um beijo.
Já tens desanimado e deprimido
Pessoas. Não sabes ser justo e sincero.
Gozas com a depressão do vencido,
Isso para mim, eu não quero.