AQUELA TARDE

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Me vem nos lábios

Um sorriso maroto

Daquele cheiro de mato

De relva molhada

E grama pisada

Aquele cheiro de entardecer

Quente e úmido

Em meio a natureza

Quanta beleza!

Aquela brisa suave

Brincando nos seus cabelos

Que também me acariciava

Me seduzia e me encantava

Aquele olhar de incerteza

E o seu jeito travesso

De enganar os outros

Que eu também aprendi

Não resisti...Me rendi a você

Caí a seus pés e me entreguei

Nada reservei para me proteger

De você e desse sentimento

Que se perdeu no tempo

Em meio a natureza morta

Que importa?

Agora o sorriso se vai

Mas me deixa no rosto

Um desenho idiota

Enquanto uma lágrima cai

Nada mais me conforta

Depois daquela tarde,

Que você foi enfim

Nunca mais enganei os outros

Passei a enganar só a mim

Zilda Alckmin
Enviado por Zilda Alckmin em 23/01/2021
Código do texto: T7166388
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