É MANHÃ
Passam dias
de perdidas esperanças,
entre as luzes que se apagam
na cidade adormecida,
qual a minha existência,
que se vai em despedida,
folha gasta, amarelada,
carregada sem cantiga.
Água muita já rolou
sob a ponte apodrecida...
Meu amigo, meu amado,
deixa que os galos cantem,
na manhã plena de vida.
. . .
Paulo Miranda
Entre as luzes que se apagam
na cidade me encontro eu
lembranças que ainda me afagam
de não mais ser teu Romeu...