NÔMADE
A chuva cai muito fina
e faz da noite novinha
a seda de uma cortina…
O verde do morro acima
que agora surge no cinza
entre o que vai e que fica
no movimento de descida
das nuvens que precipitam.
O vento rodeia a nicotina
desta fumaça clandestina
que pergunta estremecida:
onde deve morar a poesia?
Toda resposta será uma mentira.