(tudo do mesmo)

portas e janelas

abertas ao acaso

o ângelus ditando o momento

todos os dias

o mesmo sol

os mesmos passos

no mesmo lugar

o mesmo olhar vadio sem direção

a voz que se apaga

o grito que não ecoa

o céu fechado

abate a nossa fé

como uma noite sem lua

e a madrugada esconde

gatos e ratos na rua

nenhum querer viraliza para sacudir o marasmo

nenhum poder rivaliza com a imponência do sarcasmo

meias verdades

não melhoram em nada

as nossas vidas

elas simplesmente

mascaram a realidade

o tempo toca a mesma música

que ninguém mais dança

felizmente há a esperança

e ela corre em segredo

Poemúsica
Enviado por Poemúsica em 21/12/2020
Reeditado em 22/12/2020
Código do texto: T7141069
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