MINHAS ASAS NUM TEMPO SEM AZUIS
Costuro o vento no tempo
para respirar
ter fôlego
no fim dos dias
Olho os horizontes
em busca de homens e
mulheres que tenham
sede de futuros
onde a vida seja perene
Os acontecimentos
fazem tudo parecer caos
onde futuros não vingam
Tal pássaro errante
alço voo / sem rumo
Entre minhas asas partidas
o ar rarefeito
assobia
e sigo ao léu
sem vislumbrar pouso ...
Minhas asas
ainda que cansadas
voam em céus
que deveriam ser
pelo menos
azuis //