A LIBERDADE DE SE TER

Eu não quero mais saber das regras,

dos padrões convencionais que nos guia,

nos tornando vidas vazias...

que lastimam sem precisam.

Quero viver livre, e, â mercê de mim,

ser plural em todos os sentidos d'alma,

que transparece nas folhas que caem

na terra molhada depois de um dia de chuva.

Quero ser o louco grito que abafa o medo,

o silêncio que fala pelas lágrimas do palhaço,

quero simplesmente viver!

sendo a poesia que desafia o desabafo.

Não quero mais rotular-me em prosa,

ser vestido rosa que não gira.

Sou uma voz como muitas na multidão

desrespeitando as convenções que fustiga.

Quero ser o que já sou com precisão

rebelando-se para o mundo do sei lá,

e abrindo portas para a vida real,

numa expressão vivida de certezas, sem duvidas.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 28/11/2020
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