PARADOXO ROTINEIRO
Quem conta história de quem era
Já faz tempo que foi jovem,
Isso o tempo dilacera
Mas no coração se comove.
Eu sempre vejo o presente
Como algo que já passou,
Por que no dia das rotinas
Ouço as mesmas histórias que me contou.
Que quando era criança
Brincava à luz do luar,
Não ficava embevecido
Com bobagens do celular.
Que a infância era muito boa
Doença não tinha lugar,
Jogava bola todo dia
Mas nem sonhava em ser Neymar.
Ouço hoje as mesmas histórias
Nas baladas da juventude,
Só que pouca diferença
Entre o ser e a atitude.
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
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12/11/2020
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