COMO TANTAS OUTRAS

COMO TANTAS OUTRAS

Uma manhã como tantas outras

Só não se vê as pérolas

Trancadas nas ostras

Sem olas e mais olas

Em pontos de ônibus

E assardinhados em latas

Que circulam pelas vias

Mas continua existindo o céu

As nuvens brancas

O sol que não se apaga

O gorjeio dos pássaros

O latir dos cães

A brisa primaveril

O farfalhar das folhas

A coloração das flores

Como tantas outras

Mas tão diferente

De pérolas ausentes

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 11/11/2020
Reeditado em 11/11/2020
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