COMO TANTAS OUTRAS
COMO TANTAS OUTRAS
Uma manhã como tantas outras
Só não se vê as pérolas
Trancadas nas ostras
Sem olas e mais olas
Em pontos de ônibus
E assardinhados em latas
Que circulam pelas vias
Mas continua existindo o céu
As nuvens brancas
O sol que não se apaga
O gorjeio dos pássaros
O latir dos cães
A brisa primaveril
O farfalhar das folhas
A coloração das flores
Como tantas outras
Mas tão diferente
De pérolas ausentes