...E AS CINZAS ?

...Sempre sopradas, como poeiras,

Vão se espalhando pelo ar !

Elas, lembram às leves plumas mensageiras,

Que se movimentam, sem previsão de parar;

mesmo como, inúteis, passageiras.

Mas, algumas delas, são mais consistentes;

Como as de churrascos que pesam mais que o ar.

Delícias, que nos obrigam palitar dentes...

Mas ficam-se às grelhas que ninguém quer lavá-las,

Porque, também, nos dispersamos de repente.

Já as cinzas de crematórios, são mais finas:

Decorrentes de altas temperaturas,

Das cremações de vidas que se findam...

Pois enquanto tais almas, vão galgando alturas,

ficam-se resíduos que jamais se reanimam.

Mas, também, há quem ache cinzas espalhadas

Por montanhas; ou nos fundos dos mares.

Outras, por águas corrente que são lavadas e levadas

Para os mais remotos lugares,

Onde não servirão para mais NADA.

Já nos incêndios por acidentes,

Ou nas queimadas por mãos criminosas,

Essas cinzas são agressivas e persistentes.

Destroem os sistemas, de formas perigosas,

Além das perdas de bichos e de gente.

Quanto aos serrados, já sem suas madeiras,

Assistem as cinzas se aproximarem

Das das suas aves costumeiras,

Que não encontram mais tempo para escaparem

De tantas atitudes traiçoeiras .

Ivan Limeira
Enviado por Ivan Limeira em 06/11/2020
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