...E AS CINZAS ?
...Sempre sopradas, como poeiras,
Vão se espalhando pelo ar !
Elas, lembram às leves plumas mensageiras,
Que se movimentam, sem previsão de parar;
mesmo como, inúteis, passageiras.
Mas, algumas delas, são mais consistentes;
Como as de churrascos que pesam mais que o ar.
Delícias, que nos obrigam palitar dentes...
Mas ficam-se às grelhas que ninguém quer lavá-las,
Porque, também, nos dispersamos de repente.
Já as cinzas de crematórios, são mais finas:
Decorrentes de altas temperaturas,
Das cremações de vidas que se findam...
Pois enquanto tais almas, vão galgando alturas,
ficam-se resíduos que jamais se reanimam.
Mas, também, há quem ache cinzas espalhadas
Por montanhas; ou nos fundos dos mares.
Outras, por águas corrente que são lavadas e levadas
Para os mais remotos lugares,
Onde não servirão para mais NADA.
Já nos incêndios por acidentes,
Ou nas queimadas por mãos criminosas,
Essas cinzas são agressivas e persistentes.
Destroem os sistemas, de formas perigosas,
Além das perdas de bichos e de gente.
Quanto aos serrados, já sem suas madeiras,
Assistem as cinzas se aproximarem
Das das suas aves costumeiras,
Que não encontram mais tempo para escaparem
De tantas atitudes traiçoeiras .