Poetizar
Poetizar...
Não tem a ver com palavras que se encaixam
Como uma caixa dentro de outra caixa
Nem com rimas que rimam graciosamente
Não tem a ver com a mente
Nem com estrofes bonitinhas
Que se conectam linha após linha
Nem tem a ver com o português mais escorreito
Poesias brilhantes
Mesmo de autores fascinantes
Podem facilmente ter defeitos
Mas tem a ver com rasgar o coração
Com preencher-se, inundar-se de emoção
Expor a ferida, a alegria, a dor, o amor
É sentir o machucar do espinho
E ainda assim colher a flor
É seguir neste caminho
Solitário, que se percorre sozinho
E despir-se do extrínseco
Vestir-se do intrínseco
E entregar-se por inteiro ao momento
Mergulhar no uno ou ambivalente sentimento
Pintar de verde o que é cinzento
É ser pássaro que encontra o infinito
De onde tudo é mais bonito
Transbordando alegria, ou mesmo aflito
É irromper torrentes de vida
Ainda quando essa se esvai
Como água entre os dedos
É usar os dedos, usar a vida
E esvair-se em transpiração pra todo lado
É permitir-se dar o recado
Trazer dos recônditos uma lembrança
É ser adulto e ao mesmo tempo criança
Poetizar é entregar-se
Ao caminho ou descaminho das palavras
Produzidas em tempestade ou calmaria
Nas sombras da noite ou durante o dia
É sorrir é chorar…
Regozijar, lamentar...
Manter ou perder a calma
Desnudar completamente a alma
É sentir as intensidades
Das longevas brevidades
É ser uma sensível criatura
Quem esculpe e também a escultura
É mergulhar na vacuidade
E de lá emergir com lindos versos
Que ficarão para a posteridade...
Poetizar...
Não tem a ver com palavras que se encaixam
Como uma caixa dentro de outra caixa
Nem com rimas que rimam graciosamente
Não tem a ver com a mente
Nem com estrofes bonitinhas
Que se conectam linha após linha
Nem tem a ver com o português mais escorreito
Poesias brilhantes
Mesmo de autores fascinantes
Podem facilmente ter defeitos
Mas tem a ver com rasgar o coração
Com preencher-se, inundar-se de emoção
Expor a ferida, a alegria, a dor, o amor
É sentir o machucar do espinho
E ainda assim colher a flor
É seguir neste caminho
Solitário, que se percorre sozinho
E despir-se do extrínseco
Vestir-se do intrínseco
E entregar-se por inteiro ao momento
Mergulhar no uno ou ambivalente sentimento
Pintar de verde o que é cinzento
É ser pássaro que encontra o infinito
De onde tudo é mais bonito
Transbordando alegria, ou mesmo aflito
É irromper torrentes de vida
Ainda quando essa se esvai
Como água entre os dedos
É usar os dedos, usar a vida
E esvair-se em transpiração pra todo lado
É permitir-se dar o recado
Trazer dos recônditos uma lembrança
É ser adulto e ao mesmo tempo criança
Poetizar é entregar-se
Ao caminho ou descaminho das palavras
Produzidas em tempestade ou calmaria
Nas sombras da noite ou durante o dia
É sorrir é chorar…
Regozijar, lamentar...
Manter ou perder a calma
Desnudar completamente a alma
É sentir as intensidades
Das longevas brevidades
É ser uma sensível criatura
Quem esculpe e também a escultura
É mergulhar na vacuidade
E de lá emergir com lindos versos
Que ficarão para a posteridade...