ANDARILHO PAULISTA
Passadas muitas estações
E o que eu cultivei foram
Muitas edificações...
Diante, sempre adiante,
Cresceram pedras e lajes
Pelos caminhos que ando...
Hoje, habituado cidadão,
Sinto-me admirador, perdido
Em tantas placas e expressões
A serem sempre traduzidas....
Onde estou, aonde vou
Por este mesmo caminho?
Vejo as placas mudando
De códigos, de sentidos,
Do destino que eu trilho...
Com as pernas porosas,
Com os olhos planando
Ao redor das raízes
Que estão secando, enquanto
As eu estou recuperando...
Esforçando-me para formar
Em todo o meu ser: o caipira,
O qual nasci, mas não cresci!