REVERÊNCIA

Me curvo diante da avalanche,

me ergo ao me por diante de um ser,

combato o que tenta me abater,

elevo ao alto a mão que cria esse instante...

Me curvo diante da espada

que me torna cavaleiro deste reinado,

não a aceito em meu peito, por nada,

filho deste país, além de todo pecado...

Me curvo diante de uma criança

que lutará para se tornar vital

a sobrevivência da esperança,

muito além de todo bem e todo mal...

Me curvo diante da mulher ofendida,

que do companheiro tudo esperava,

por ela me levanto, por sua vida,

muito antes da morte, da bofetada...

Me curvo diante da voz do poeta

que atravessa séculos de guerras e horror,

que ao mundo mouco sua voz empresta,

em nome da liberdade e do amor...

Me curvo diante de ti,

que pacientemente lê está poesia,

que deseja que o mundo caia em si,

como a noite espera por um novo dia...