DEUSA DA NOVA ROMA

Amanhã te mando um verso,

livre, feliz, com cheiro de alecrim,

que estava cá, simples, submerso,

pedaço doce desse todo de mim...

Só para que, deslumbrado, rias,

do que apanho pela cidade, alvoroçado,

um fiapo do manto dourado da poesia,

por ela, por levá-la pela mão, sempre amado...

Segure com as duas mãos, eleve ao alto,

o sol virá em cheiro sentir seu aroma,

Deus, que descansava, virá, num salto,

coroar a poesia, deusa de ma nova Roma...

Quando escutares vozes verdes, quem canta é o campo,

azuis tons de contralto, araras que voam e atiçam o vento,

lágrimas de luz em coro pequenino, quase um pranto,

o que passou, se passa e passará, ouvirá a ode do tempo...